Alumna (ano de ingresso 1998)

Consultora  no Dept. de Inovação e Sustentabilidade, Winning Scientific Management

Biologia foi a minha afirmação premente desde que tomei pulso pelo meu destino profissional e a Universidade de Évora foi a casa-mãe para o concretizar. A minha vontade inquieta de absorver conhecimentos na área da conservação da natureza, tendo estes sido passados de forma tão entusiasta pelos professores, fez-me viver o curso, a universidade, os colegas, a cidade, os montados, de forma tão intensa, deixando marcas de felicidade e nostalgia que perpetuo emocionalmente até hoje.

Alumni (ano de ingresso 1994/95)

Forest School Leader – Escola Primaria em Londres

Foram talvez os melhores anos da minha vida. Com muitos momentos marcantes, as primeiras reunioes do CEBE, as aulas praticas, excelentes professores que ainda hoje contacto, as saidas de campo do nucleo de botanica e do meu maior orgulho, o nucleo de micologia. Tenho que terminar com um nome de quem tenho muitas saudades, apesar da dificuldade em manter uma conversa por mais de 5 minutos devido a sua hiperactividade…Professor Rui Brandao esteja onde estiver tenho muitas saudades suas.

Alumni (ano de ingresso 1999)

Investigadora no laboratório de neuropsicofisiologia da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto

A Universidade de Évora proporcionou-me momentos de muita animação e felizes, nos quais tive a oportunidade de conhecer pessoas que me marcaram profundamente. Foi em Évora que percorri muitas vezes as ruas com outros comuns estudantes, umas vezes a berrar, a cantar, a jogar com todas as possibilidades de ficar com a cabeça suja (e por vezes a cheirar mal!), outras vezes simplesmente a andar para apreciar o encanto da cidade. Pensando bem, não fomos comuns estudantes, fomos estudantes priveligiados pelo ambiente em que vivemos e pelos conhecimentos que a Universidade nos deu. Ao longo do meu percurso profissional tive a certeza de que a Universidade de Évora nos deu boas condições para adquirirmos conhecimentos sólidos das disciplinas, oferecendo um ambiente onde a prática era muito valorizada. Foi esse princípio que ofereceu as competências necessárias em investigação, incluindo um sentido crítico. O que me falta dizer em relação aos tempos que vivi em Évora, de uma forma muito breve, é que deixam muita saudade (bem diz a música: “Eu não sei que tenho em Évora, que de Évora me estou lembrando …”).

Guardo com muitas saudades todas as memórias dos anos que estudei e (con)vivi na Universidade de Évora. Toda a cidade é um convite aberto ao espírito académico, facilitando criação de laços de amizade, que ficam marcados para a vida. Foram muitas e diferentes as pessoas que fui conhecendo ao longo desses anos e que, pessoal e profissionalmente me foram inspirando. Entrei na Universidade com interesse em biologia marinha mas fui-me apercebendo que o meu nicho era a biologia vegetal. Até agora ainda não me arrependi.

O que dizer dos 3 anos que passei na Universidade de Évora a tirar o curso de Biologia?! Foram anos fantásticos, recheados de momentos incríveis, que guardo com muita saudade na memória. Aprendi muito, vi imensas coisas, conheci pessoas ímpares e diverti-me como só quem estuda na UÉ sabe… Esta casa e este curso têm, sem dúvida, um lugar muito especial no meu coração.

Universidade de Évora, Departamento de Biologia: a minha melhor opção! Uma casa fantástica que recebeu uma miúda contrariada e a ensinou a ser feliz! Grata por todos os momentos que aqui passei! A todos os professores e colegas: bem-hajam!

Já passaram quase 10 anos! Na minha cabeça parece que foi ontem que entrei para Biologia, o melhor curso da UE, como tantas vezes gritamos em plenos pulmões nas guerras de curso. De Biologia trago comigo o “honesto estudo com longa experiência misturada”, amizades que ainda duram e até as lembranças das aulas mais aborrecidas que agora recordo com nostalgia. Deixei também parte de mim, uma parte que me faz sempre querer voltar porque aqui foram, até ao momento, os melhores anos da minha vida.

 

Nunca pensei em estudar em Évora mas por várias voltas da vida em 1993 encontrei-me às 8h00 na aula de Geologia de uma manhã gelada no colégio do Espírito Santo. Não conhecia ninguém porque tinha entrado em 2ª fase mas no fim da aula o Hugo (Teixeira da Silva) veio apresentar-se e rapidamente ganhei o nome de Maria. Desse primeiro ano lembro-me sobretudo do medo das frequências de Bioquímica onde (quase) todos chumbavam! Orgulho-me de não ter sido praxada e lembro-me muito bem do cheiro que ficou no claustro grande nesses dias… por causa do curso de Zootécnica!

O 1º ano passou e como o curso de Biologia também estava no 1º ano fomos muito bem tratados por todos. O nosso “grande” mentor Professor Jorge Araújo procurava ‘pregos’ para pendurar o conhecimento e falava das vantagens do uso do 650 forte. Entusiasmou-nos a ir à procura do lince ibérico – que estava quase extinto – numa viagem ao parque nacional de Doñana e foi connosco na 1ª vez que me lembro de ir ao polo de Sines ver o prof. João Castro a comer ‘massa do mar’ e a mostrar ao presidente da república (Dr. Mário Soares) como se dissecavam ouriços-do-mar. Foi com a prof. Teresa Castro que conheci os percebes, foi em Sines que conheci grandes amigos para o resto do curso e da vida.

Das aulas de Botânica com o prof. Gazarini (gás sarin) saímos com a certeza de que não existem cogumelos incomestíveis; nas aulas práticas com a prof. Helena Bichão aprendi a estruturar o conhecimento – “porque é que não começam o sistema digestivo pela boca e vão seguindo o percurso?”

Organizámos o 1º encontro Nacional de Estudantes de Biologia e recebemos cerca de 500 inscrições por correio, na rua da Corredoura. Enchemos a sala para falar sobre o nosso futuro e conseguimos um grande patrocinador graças à intervenção do prof Paulo de Oliveira. Seguiu-se o 1º Congresso de Estudantes de Biologia e a criação do CEBE (Conselho de Estudantes de Biologia de Évora).

Alguns de nós gostavam mais de peixes, outros de aves, outros de plantas, outros de dinossauros, cobras, lagartos e ainda alguns de insetos. Fazíamos picnics nas zonas da rede natura 2000 para procurar orquídeas, carpas, achigãs, águias, corujas, cobras de água…sempre à volta da barragem do Divor! Guardo ótimas recordações desses anos e agradeço cada cadeira, professor e trabalho. Ganhei gosto pelo comportamento animal com o prof. João Manuel Bernardo e fiz a tese sobre o tema com o Professor Jorge Araújo e ajuda da prof. Helena Bichão. Trabalhei na desmatação do Alqueva, em micromamíferos num projeto conjunto com a FCTUL; comecei a minha vida de investigação no Instituto de Medicina Tropical e depois mudei de rumo (temporariamente) para trabalhar em casa. Quando puder retomar espero fazer mestrado em Bioética e continuar na área com todo o conhecimento adquirido entre 1993 e 1999 nesta grande Universidade de Évora de que me orgulho de fazer parte!

O meu nome é Gonçalo Silva, entrei na Universidade de Évora em 1999/2000. Terminei a minha licenciatura em Biologia em 2004, com a tese “Caracterização molecular do nemátode da madeira do pinheiro” sob a orientação do meu Professor e amigo Manuel Mota. Trabalhei como técnico de investigação em Genética e Evolução de peixes marinhos e terminei o meu doutoramento em Biologia Evolutiva em 2014 pela Universidade do Algarve. Atualmente estou a terminar um pós-doutoramento no grupo de Ecologia Marinha no MARE-ISPA e procuro entender o efeito das alterações climáticas na ecologia e dinâmica de pequenos peixes pelágicos.

O curso de Biologia na Universidade de Évora foi muito importante para mim, porque ao sair de casa dos meus pais aos 18 anos fui obrigado a sair da minha zona de conforto e, em Évora, encontrei uma nova família que me acolheu, que me suportou nos bons e nos maus momentos, que me estimulou cientificamente e me ajudou a ser uma pessoa melhor e um profissional capaz. Não podia deixar de mencionar o papel do CEBE e da ANEBio na minha formação enquanto biólogo e enquanto pessoa, onde colaborei com colegas fantásticos, tivemos momentos inesquecíveis e onde organizámos muitas atividades, da qual destaco o I Congresso Ibérico de Estudantes de Biologia.